Page 25 - Valdecy Claudino (Entrevistado por Douglas Machado)

Entrevista

DOUGLAS MACHADO A pedido do Seu João (João Claudino Fernandes, irmão), vamos
começar relembrando um pouco da história da família. O avô de vocês, Antônio Adelino,
era comerciante. O senhor lembra onde começou a vida dele no comércio?
VALDECY CLAUDINO Eu, realmente, nunca ouvi falar de quando ele começou, mas
conheço a história dele, do trabalho dele como comerciante, em Luís Gomes (Rio

Grande do Norte). Não sei se antes ele teve alguma coisa sobre comércio. Sei que antes
ele cuidava de outras coisas, relativo a gado ou coisa parecida. Mas o que eu sei de meu
avô, Antônio Adelino, é a história começando na fase de comércio em Luís Gomes, e lá

ele era um comerciante de destaque. Além disso, ele gostava muito de política. Em Luís
Gomes, ele era, um pouco, líder político – apesar de nunca ter sido candidato a nada –
mas era um homem muito querido na cidade, e o povo respeitava muito. E, assim, ele
ficou lá, durante algum tempo. Meu pai saiu de Luís Gomes em 1935, e ele saiu, mais ou
menos, nessa época também, foram para a Paraíba.

E o seu pai, Sr. Joca (João Claudino Sobrinho)? Sei que ele gostava da lida com o
gado, mas como veio a questão do comércio?

Meu pai, originalmente, era fazendeiro. O meu avô, com a família toda, cuidava de
gado. E meu pai era até apaixonado por gado. Era um vaqueiro muito destemido, muito
bom no trabalho. A fazenda era bem cuidada pelos irmãos, para o sistema da época,
não é? É outro tipo de fazenda, não eram essas fazendas modernas que têm atualmente.
Era fazenda da época. Se dedicava mais ao gado do que a alguma coisa de agricultura.

Tinha bastante vaca de leite, faziam queijo etc. Isso eu sei, dessa história, até 1930.

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