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50 ANOS DE REPENTE
FESTIVAL DE VIOLEIROS
DO NORTE E NORDESTE
50 EDIÇÕES DE POESIA E RESISTÊNCIA
Há meio século, Teresina se torna palco da palavra viva, onde a poesia improvisada
ecoa com força e beleza no Festival de Violeiros do Norte e Nordeste. Mas, antes da primeira
rima subir ao palco, houve um despertar. Em 1970, durante um recenseamento do IBGE,
Vovó Pangula, a mais celebrada repentista da região, acendeu a centelha do que viria a ser
um dos maiores eventos da cultura popular brasileira. Ao dizer que já não cantava por
não ter mais uma viola, sua voz, então silenciada, reacendeu o desejo de devolver à arte do
repente o espaço que lhe era devido.
Assim, em agosto de 1971, durante a Semana do Folclore, nasceu o I Festival de
Violeiros do Norte e Nordeste, sob o entusiasmo e a dedicação de quatro visionários: Dr.
Pedro Mendes Ribeiro, Profº Cordão, Dr. Deusdedit Ribeiro e meu pai, João Claudino
Fernandes. Todos eles, verdadeiros cavaleiros da cultura popular, que empunharam, não
espadas, mas sonhos afinados com as violas do repente. A eles somaram-se muitos outros
ao longo das décadas, formando uma irmandade devotada à preservação e à expansão
dessa arte ancestral.
Desde então, foram muitos encontros tecidos com versos, memórias e identidade.
Mais do que rimas, o que se vê, a cada edição, é a alma nordestina pulsando em forma de
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