Page 50 - Seguindo os Passos do Sucesso
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Também foi inesquecível a compra do primeiro Na verdade, João
jipe, que os ajudava a desbravar o sertão realmente já queria uma
paraibano vendendo confecções. coisa maior e viu ali uma
oportunidade de crescer.
Nessa época, o amigo José Cavalcanti montou Com a entrada dos filhos
uma mercearia e, no final do ano de 1951, nos negócios, o que
comprou um jipe, tornando-se chofer de praça. deu mais dinamismo às
“Foram dias difíceis, mas eu sempre contava atividades, a empresa
com João para me ajudar trocando um cheque passou a chamar-se
pré-datado”, diz José. J. Claudino & Filhos.
Depois, Cavalcanti começou a comercializar Seu Joca se orgulhava
carros e hoje é um empresário do ramo por não ter um título da
de automóveis e se orgulha de ter sempre sua firma protestado em
trabalhado com honestidade e sinceridade. cartório e só assumia um
compromisso quando
Em 1953, Seu Joca decidiu que era hora de tinha a certeza de poder
crescer mais e abriu uma filial em Uiraúna, honrá-lo. Chegava até João Claudino
distante 50 km de Cajazeiras. Lá, a loja recebeu a antecipar pagamentos.
o nome de Armazém do Povo e só vendia tecido. Isso ele passou para
os filhos, que apesar
de serem grandes
Um ano depois, a Guanabara do Sertão foi empreendedores, jamais
vendida. Seu Joca e Valdecy precisavam gostaram de fazer
de mais gente na loja e João era a pessoa empréstimos em bancos.
ideal. “Eu o chamei porque percebi que se “É um sócio que não
tornara responsável e dedicado. Eu achei arrisca”, diz João.
que a mercearia que ele tinha era pouco para
ele. Havia um mercado maior. Tinha grande Em 1954, João Claudino
dedicação pela mercearia. Acontece que a foi ao Rio de Janeiro
firma J. Claudino estava desenvolvendo rápido para participar de um
e precisava de mais gente. Como ele tinha esse Congresso Eucarístico.
espírito brincalhão e era ainda jovem, meu pai De lá, foi a São Paulo,
não confiava muito em seu potencial, mas onde conheceu o
creditou-lhe a oportunidade. Éramos os dois comerciante Paduando
jovens, mas o negócio quando é pequeno, Rosatti, que relembra:
cresce mais rápido do que se fosse grande”,
diz Valdecy Claudino.
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Valdecy Claudino

