Page 53 - Seguindo os Passos do Sucesso
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“Deve ter sido por recomendação de alguém, pois meu
estabelecimento ficava na Vila Maria, num bairro afastado”.
Iniciava-se ali uma excelente relação comercial e uma
forte amizade.
Paduando Rosatti tinha uma fábrica de móveis para
máquina de costura. Era época em que o motor e demais
equipamentos da máquina eram importados e cabia
aos comerciantes brasileiros fabricar os móveis que as
acompanhavam. “Ele foi meu cliente por muitos anos.
Depois eu também passei a vender máquinas e ele as
comprava”, diz Paduando.
As compras eram feitas por telefone. Depois, preparava-se o
caminhão e o próprio João Claudino ou Agostinho - pessoa
de sua confiança - iam pegar a mercadoria em São Paulo.
Às vezes, tinha mais de uma carrada por mês. “Quando
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João Claudino e o amigo Édson Reis, que se passou por vinha aqui pegar mercadorias, ele arrumava o estoque
um engraxate para a foto da viagem e o que não dava para levar eu guardava para
ele. Então passávamos o final de semana juntos. Eu o
convidava para irmos à casa de meu sogro, Renato Luís,
onde jogávamos baralho. Ele fazia muita gozação quando
ganhava as partidas de buraco. É um excelente jogador
e estava sempre brincando, rindo, gozando... É a marca
dele”, fala Paduando.
Em São Paulo, João Claudino ficava hospedado em um
hotel perto do Lago Paissandu e sempre que ele queria
falar com o senhor Paduando pedia a uma telefonista que
fizesse a ligação. Como eram muitas as chamadas para
Paduando, era como se a mesma fosse uma conhecida,
uma amiga. João sempre dizia: “Paduando, você tem de
conhecê-la, é uma morena linda!”. Um dia, Paduando
decidiu fazer o que o amigo sugeria. “Nossa Senhora, era
uma velha tão feia, que não consegui parar de rir!”, diz.
No aeroporto de Cajazeiras, João Claudino, Ivon Gomes,
Rosa Maria e os irmãos Antonio e Rosival Dutra
14 Carga que um carro transporta de uma vez.
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